O Divino Aterramento – parte 1

 

 

“O Divino Aterramento começa com uma reflexão prudente e eficaz para ativação da mente humana: de onde partimos estamos fazendo o que pretendido? Do nada homem não teve origem, do todo o homem não pode ficar. As caravanas de mensagens espirituais e bombardeios de informações clamam por ouvintes a todo instante e as dádivas são recebidas para os silenciadores de si. De onde cada um partiu foi deixada comunidade carente de saber quando do retorno, daquele mensageiro que seguiu viagem com data prevista de retorno, mas com difícil missão de cumprir até as entrelinhas do convencionado. As hostes divinas seguem ao encontro daquele que entende a militância e tem como natural as tarefas aceitas e despertadas do já prometido. Nada é como antes, nada pode ficar imutável depois de toques leves de despertar. Ser uma pessoa como outra qualquer é natural. Ser um ser humano como outro qualquer nem sempre é atingido ou percebido. Parar para reflexão no chuveiro, fechar os olhos diante do todo turbulento e silenciar, somente silenciar a mente para o divino aterramento sentir pelos pés e seguindo seu fluxo curativo pelo corpo perpassando por cada parte áurica até a abertura celestina. O divino aterramento segue viagem para aqueles que sentem o que da terra vem e o que da terra pode ser deixado. A facilidade do ter a terra para pisar somente é sentido a falta quando prostrado em uma cama por freios da alma impetuosa. Os freios seguem viagem para a tentativa fraterna do aterramento divino e para possibilitar à criatura um contato com seu divino propósito. Falácias contadas por um simples devaneio de um alguém cheirando a pó? Não, ditames de uma força que representa um nível de aterramento já superado e recuperado o sentido do divino usurpado por toda a carga disponibilizada nos que estão na carne. Esta experiência é levada sem grandes considerações por muitos, limitando-se em acumular problemas completamente imbecilizados e norteadores de alguém profundamente mergulhado na falta de ter o que fazer com grande oportunidade de mudar muita coisa. Assim, os problemas viram monstros e os dias seguem embebecidos por remédios e vícios outros para esconder o grande vazio da existência sem qualquer aterramento divino. Algumas caravanas até que ainda escutam a palavra de um mensageiro, pastor de poucas ovelhas, mas muitas vezes nem sabem o que estão a dizer e a ouvir. Perda de tempo de ambos os lados. Mais válido ficar em casa escutando uma boa música e no dia a dia praticando boas ações sem grandes intervenções de dogmas engessados e desatualizados. Para que você precisa de muitos cabrestos? Ou segue junto do grupo pastoreado para ajudar não só a si, ou melhor ficar em casa brincando de família feliz. Esse último brinquedo é o mais usado pelas pessoas que vivem no vácuo da mais profunda escuridão do enlouquecer do agora. Fugir do trabalho, fugir das tarefas mínimas sociais, fugir de si mesmo e mergulhar em calabouços tão sombrios que nem mesmo o sono consegue chegar perto. Afinal, para onde quer ir? A morte? Essa seria uma possível solução em sua lista de intempéries, mas… A morte não chega muito bem vestida para os fracos. Somente os fortes têm digno momento de morte, antecipadamente sentido e alicerçado por Mestres. Quantas vezes você está disposto a morrer na mesma existência? Será que juntando todo o dinheiro já acumulado você pode pagar uma morte digna? Ou se você nem quer juntar nada já que não levará nada diante da morte é fuga ou emburrecimento de interpretação? As pessoas seguem batendo suas cabeças em busca de respostas para muitas coisas que não têm respostas, colocando inclusive a culpa em Deus pelas mazelas do mundo. Que Deus você acredita? No Deus piedoso e sempre pronto para acolher os carentes e fracos? Ledo engano, camarada. Saia da posição de mendigo de piedade e ande com suas próprias pernas, sem tantos escárnios. Quem é mais mendigo: você ou aquela criatura suja que avista da janela? A resposta dói como uma lança que atravessa seu corpo várias vezes sem parar, não é? Não vale dizer que conhece alguém que essa mensagem se encaixaria perfeitamente, pois estamos falando de você primeiro. O outro continuará sendo o outro, cabendo a você ser quem você é e por meio do espelhamento o outro sentir que as imagens estão diferentes e auto perceber que é hora de mudar. Mas… Mudar para onde e por qual propósito? Muitos já me fizeram essa pergunta e em poucas palavras respondi: Livre arbítrio do divino aterramento. Se você sente a terra e sabe fazer bom uso dela, sempre terá uma fiel aliada para lhe acolher em qualquer momento. Não precisa ir longe, basta tocar uma folha de qualquer planta. E por falar em planta, já plantou a sua árvore? Já preencheu a receita que todos seguem às cegas? Perdão, mas somente com gargalhadas devo responder a tudo isso. Descobriu agora quem está enganando quem? Agora podemos conversar de maneira mais clara porque já não mais está usando a ilusão como desculpa nem Deus como seu escudo. Seja você mesmo de verdade sem levantar personagens e acreditar nestes. A vida pode parecer fácil quando os sentidos de quem está a executar vibram na mesma sintonia do coração áurico. Não precisa acreditar em espíritos para entender o que falei, mas se quiser continuar escondido nessa farsa de vida, boa sorte. E mesmo acreditando em espíritos, mesmo nunca querendo voltar a ser um destes, você pode acolher algumas palavras aqui registradas e fazer uma leve reflexão em poucos minutos de sensatez. Não é difícil viver a vida, porém se torna difícil não acertar o que você realmente é. Depois dessa etapa, procure entender que não só de mágica pode consertar erros na vida. A mágica serve para entretenimento com muita pipoca e diversão. Já a magia, muito procurada para o escambo trevoso, esta sempre fadada a nunca dar o resultado pretendido com toques de crueldade e aprisionamento próprio. Quem paga o preço pela magia encomendada, quem encomenda ou quem faz? A pessoa que encomenda está a ativar no cosmos uma força contrária a si e a renegar o propósito de vida, diante do desrespeito ao fluxo natural das ações. Já a pessoa que executa tal farsa, limita-se em acreditar que a magia tem força e pode até matar, mas na realidade é deixado viver por muitos longos anos para saborear a perda de cada sentido para depois ser comido pelos mesmos bichos que oferendou para o vácuo etérico. Para tudo há uma resposta. Vou agora deixando meus últimos registros por agora para não tornar nossa conversa enfadonha porque já deixei muito dever de casa para você. Não preciso assinar com títulos à frente do meu nome, só não esqueça que tudo é passageiro e papel, por isso que acredito mais na força da palavra de verdade escrita e acreditada. A escolha de ser Pai e não somente Damião foi minha para deixar uma leveza em palavras embrutecidas que por vezes tenho que deixar. Fica na força do bem e na força do Deus acreditado. Afinal, quem pode mais nasce de dentro de você respeitando todas as leis cármicas e de gestação universal. Sem grandes apegos, caríssimo. Mais liberdade, por favor. “

 

Pai Damião

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